Renan Calheiros diz que, para PMDB, nomeação de Ideli marca o início de um novo governo
Após a nomeação de Gleisi Hoffmann para ministra-chefe da Casa Civil, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), pôs-se a reclamar da falta de participação do PMDB nas decisões sobre mudanças no ministério de Dilma Rousseff.
Renan fez campanha aberta pela permanência de Antonio Palocci no governo e foi surpreendido pela demissão do ministro.
Desfraldou a bandeira da candidatura do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para coordenador político do Palácio, mas a presidenta Dilma Rousseff preferiu outro nome: Ideli Salvatti.
E agora? Renan e o PMDB gostaram? Não gostaram?
Em entrevista ao Poder Online Renan Calheiros jura que a emenda saiu melhor que o soneto. Que desta vez Dilma conversou com o partido, que Ideli é ligadíssima ao PMDB, que os canais de interlocução política serã desobstruídos e que, enfim, o governo Dilma Rousseff começa, de fato, agora.
Poder Online — Tem muita gente no PMDB que não gostou da nomeação de Ideli Salvatti para a coordenação política do governo?
Renan Calheiros – Sou o líder do partido na Câmara e posso lhe dizer. Se tem gente contrária, não é a maioria do partido. Em todos os lugares sempre vai ter uma parcela contra. Mas a ministra Ideli sempre foi corretíssima com o PMDB e gozará de nosso total apoio.
Poder Online — Como ela agiu durante aquele período de acusações contra o senhor, quando era Presidte do Senado, e também quando as acusações se voltaram contra José Sarney?
Renan Calheiros – Olha, ela foi muito amiga, muito correta com o PMDB nas duas crises. Assim como o ex-presidente Lula, a senadora Ideli se mostrou uma grande companheira.
Poder Online — Mas o PMDB não apoiava a nomeação do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para comandar essa pasta das Relações Institucionais?
Renan Calheiros – Nós achávamos o Vaccarezza um nome muito bom. Mas fomos conversar com a presidenta Dilma, na quinta-feira, e vimos que não dava para levar nome algum. Ela já tinha na cabeça a Ideli. A presidenta me perguntou explicitamente se era verdade que o PMDB tinha restrições, e eu esclareci que de maneira nenhuma. A Ideli é uma amiga do PMDB.
Poder Online — E o Vaccarezza?
Renan Calheiros – O Vaccarezza também. Seria um excelente ministro. Mas teve o problema do PT na Câmara, da divisão do partido. Talvez se tivesse mais tempo para se costurar um acordo entre os dois grupos do partido… Mas a presidenta teve que resolver o problema do ministério agora.
Poder Online – O senhor estava reclamando que o PMDB queria participar da escolha. E isto não ocorreu.
Renan Calheiros – Nós reclamávamos que quaríamos ser ouvidos. Não quanto a nomes, mas em relação ao processo, o PMDB quer ter um papel na articulação política. O partido cobra um canal de interlocução. Aliás, quem mais cobra isto é o PT.
Poder Online — Então? Vocês defenderam a permanência do ex-ministro Antonio Palocci, mas reclamam da coordenação política. Ele é quem cuidava da coordenação política.
Renan Calheiros – O Palocci, pessoalmente, contou com nosso apoio. Mas nós não estávamos de acordo com o modelo de coordenação política.
Poder Online — E isso vai mudar?
Renan Calheiros – Já mudou. Nós criticávamos o modelo centralizado, com um ministro cuidando da gestão, na Casa Civil, e, ao mesmo tempo, da coordenação política. Nem o Palocci, nem ninguém dava conta assim. Agora não. Agora a ministra Gleisi Hoffmann fica com a gestão e a ministra Ideli, com sua experiência no Congresso, cuidará da articulação, da desobstrução dos canais. Pode estar certo de que o governo inaugura uma nova fase. Começa aqui um novo governo.
Renan, cadê o asfalto da BR 316 nos trechos Canapí, Inajá, Mata grande que voce prometeu. Vais querer mais manifestações?
parabens alagoas por ter um representante no brasil como renan um senador de pulso forte um lider politico um articulador um senador de moral é al. é brasil