Polícia

Ex-deputado estadual será julgado por homicídio

Decisão do Pleno do TJ/AL aconteceu nesta terça (05)
Decisão do Pleno do TJ/AL aconteceu nesta terça (05)

O ex-deputado estadual Délio Almeida, acusado de ser o autor intelectual do assassinato de Carlos André Fernandes, conhecido como ‘Fiscal’, vai a júri popular. A decisão unânime do Tribunal de Justiça (TJ-AL) atende a uma solicitação do juiz da Comarca de Santa Luzia do Norte, Carlos Eduardo Canuto Mendonça. O juiz justificou que a influência política do réu poderia interferir no julgamento.

O réu confesso do assassinato de Carlos André Fernandes, Luiz Henrique Oliveira, acusa Délio Almeida – que também foi vice-prefeito de Satuba – de ter sido o mandante do crime ocorrido em agosto de 2005. Luiz Henrique concordou em prestar os esclarecimentos em troca da delação premiada.

O réu confesso ainda informou que antes de ser preso Délio havia encomendado a morte da ex-prefeita de Satuba, Cícera Pereira – a Cícera do Bar -, para assim assumir o cargo.

Caso

Carlos André foi assassinado quando estacionava seu carro no Auto Posto São Paulo, localizado às margens da BR-316, no município de Satuba. Ele foi morto com cerca de dez tiros de pistola, por dois homens que estavam em uma moto.

Nas investigações da Polícia Civil – inquérito concluído pelo delegado Rosivaldo Vilar -, o ex-prefeito de Satuba chegou a ser acusados de ser autor intelectual do crime. Na época ele estava detido no presídio Cyridião Durval e alegou inocência.

Délio Almeida é acusado de ser um dos autores intelectuais do crime. Dias antes de ser assassinado, Délio e Carlos André teria entrado em vias de fato durante uma festa em um povoado no município. Carlos teria dado um soco no vice-prefeito.

Carlos André mantinha um relacionamento amoroso com Fátima Pedrosa (que é ex-cunhada de Délio), ex-mulher do ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes, que foi denunciado em 2006 como o outro autor intelectual do crime e foragiu.

O motorista e segurança do vice-prefeito, Túlio Virgílio- segundo o promotor de Justiça Cyro Blatter -, teria atuado como intermediador entre os mandantes e os supostos autores materiais, sargento Raimundo Medeiros (denunciado junto com Adalberon e também foragido) e Luiz Henrique Oliveira, único preso.