Cidades

Os riscos e a tentativa de criminalização da atividade jornalística no Alto Sertão de Alagoas.

Você pode não concordar com o Jornalista, não gostar da notícia veiculada ou da opinião do mesmo sobre o fato, pode também criticar sua forma de agir, o veículo de imprensa para o qual trabalha, pode não dar credibilidade a sua atuação jornalística ou até mesmo discordar dos seus posicionamentos políticos partidários. Agora, sair dessa linha para instigar ou mesmo praticar qualquer tipo de ameaça, intimidação, constrangimento ilegal ou mesmo usar a justiça de forma indevida com a abertura de processos judiciais completamente “sem pé e nem cabeça” com o único objetivo de desestabilizar psicologicamente e financeiramente o profissional de imprensa, isso não faz de você um cidadão inconformado com uma suposta manipulação da informação, em busca dos seus “direitos”, mas sim, um covarde que acha que “tem o rei na barriga” independentemente do cargo que ocupa, principalmente quando se trata de um babão de político corrupto, coronel ou servidor público que pago pelo povo faz da sua sanha autoritária inimigo desse mesmo povo que coloca o pão na mesa da casa dele ou dela e que o mínimo que deveria fazer, era tratar com educação as pessoas independentemente de cor, raça, religião, profissão ou se desempregado. 

Por todo o exposto, e pela experiência de sentir na pele todos os dias os riscos da profissão, o autoritarismo, a perseguição e criminalização da atividade jornalística no alto sertão de Alagoas, o que é bem diferente de meras críticas, mas sim ser alvo rotineiramente de ameaças, intimidação e principalmente do uso indevido da justiça e da máquina pública para o bel prazer de parte da classe política coronelista alto sertaneja, processado 32 vezes por 05 secretários, 01 prefeito e 10 vereadores de uma única vez, todos vencidos na primeira instância, jamais poderia me calar diante das barbaridades cometidas contra a atividade jornalística no alto sertão de Alagoas, contra a liberdade de expressão e de imprensa consagradas na Carta Magna deste país a Constituição Federal que assegura:

Art. 5º – Incisos 

IV – É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 

IX – É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; 

XIV – É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

Art. 220 – A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 

Mais claro do que a luz do sol, o texto constitucional não permite qualquer tipo de censura, ameaça e ou criminalização da liberdade de expressão e de imprensa e muito menos a integridade física da classe jornalística. Uma pena que no alto sertão de Alagoas em pleno Século XXI, a prática coronelista e autoritária ainda seja usada para intimidar e tentar calar a imprensa, principalmente os profissionais que muitas vezes arriscam a própria vida pelo simples fato de “ousar” informar o que o “sistema” não quer que o povo saiba. 

Por fim, sem entrar no mérito do caso ou de qualquer outro em específico, registo aqui a minha solidariedade ao combativo Repórter Adriano Maciel que está sendo processado e segundo ele, ameaçado de morte, por simplesmente exercer a sua atividade jornalística e resguardar o sigilo da fonte. 

“O bom Jornalista jamais se curvará a tirania dos que se acham imunes às críticas e pensam que o poder é eterno” [Marcio

Fonte: Central do Sertão