Cidades

MPF pede apuração de estrondo e tremor relatados por moradores da parte alta de Maceió

O Ministério Público Federal (MPF) pediu, nesta segunda-feira (3), que a Braskem, Defesa Civil de Maceió e Serviço Geológico do Brasil/CPRM apurem as causas do estrondo e tremor relatados por moradores da região da Avenida Durval de Góes Monteiro, em Maceió. Os órgãos têm 48 horas para responderem ao pedido com informações sobre quais medidas serão adotadas.

Ao G1,o CPRM informou que sua estação de monitoramento mais próxima de Maceió fica em Caruaru (PE) e que esta não registrou o abalo sísmico, o que não descarta a hipótese de que um evento sísmico tenha ocorrido. “Devido a sua distância de Maceió, esta estação tem capacidade para registrar sismos de média a grande magnitude” (leia na íntegra ao final do texto).

Também por nota, a Braskem disse que está analisando os termos do ofício para se manifestar no prazo solicitado, mas adiantou, de forma preliminar, que “não foi identificado nenhum registro de anormalidade que pudesse indicar percepção de tremor de terra em superfície nos dados fornecidos pelos sistemas de monitoramento em operação” (leia na íntegra ao final do texto).

O caso ocorreu na sexta (30), em bairros da parte alta. Equipes do Corpo de Bombeiros foram até o local atender ao chamado dos moradores, que alegaram que ouviram o barulho de um estrondo e um tremor de terra.

Os militares fizeram buscas na região e não identificaram nada que justificasse o estrondo e o tremor. Defesa Civil municipal também foi acionada e segue monitorando o local.

O MPF pediu também que os órgãos esclareçam se os equipamentos que compõem a rede sismográfica da Braskem já instalada nos bairros afetados pela extração de sal-gema detectaram alguma movimentação do solo.

Os ofícios são de autoria das procuradoras da república Julia Cadete, Juliana Câmara, Niedja Kaspary e Roberta Bomfim, que também compõem a força-tarefa do Caso Pinheiro/Braskem.

Leia abaixo a íntegra da nota do CPRM

O Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), que integra a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), informa que a estação com transmissão on-line ativa mais próxima a Maceió (AL), situada em Caruaru (PE), não registrou abalo sísmico na sexta-feira (30), no entanto não está descartada a hipótese de que um evento sísmico tenha ocorrido. Devido a sua distância de Maceió, esta estação tem capacidade para registrar sismos de média a grande magnitude. Há uma rede sísmica local na capital alagoana, de propriedade da empresa Braskem, que pode ter registrado o evento, caso ocorrido, conforme relatos de estrondo ouvido pela população. Em relação à notificação do Ministério Público Federal (MPF), o Serviço Geológico do Brasil acrescenta que recebeu a solicitação de informações e atenderá a demanda do órgão dentro do prazo previsto com base nas informações do monitoramento da Rede Sismográfica Brasileira.

Leia a íntegra da nota da Braskem

A Braskem recebeu, na tarde de hoje (15.06), o ofício encaminhado pelo Ministério Público Federal e está analisando seus termos para poder se manifestar no prazo solicitado.

De forma preliminar, a empresa esclarece que não foi identificado nenhum registro de anormalidade que pudesse indicar percepção de tremor de terra em superfície nos dados fornecidos pelos sistemas de monitoramento em operação.

A Braskem está em cooperação e em constante diálogo com as autoridades competentes e participará de reunião de trabalho convocada pelo MPF para o próximo dia 6 de maio, que deve contar também com a presença da Defesa Civil Municipal, CPRM, Defesa Civil Nacional, Corpo de Bombeiros e outros consultores da Defesa Civil.

Fonte: G1 de Alagoas