MP ajuíza ação por improbidade administrativa e pede exclusão de PMs envolvidos em tortura e morte de João Vitor
O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio da Promotoria de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial e Tutela da Segurança Pública, ajuizou uma ação de improbidade administrativa para a condenação de três policiais militares do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), acusados de torturarem e matarem o jovem João Vitor da Silva.
A reportagem do G1 tentou contato com o BPTran, às 10h49, para saber o posicionamento da corporação e como está o processo administrativo que investiga a conduta dos policiais, mas não obteve retorno.
Os PMs teriam abordado o jovem no dia 19 de abril 2019, no bairro do Prado. Não há informações sobre o que motivou a abordagem. A guarnição do BPTran informou aos familiares que levou a vítima até a Central de Flagrantes I e, logo em seguida, se deparou com o corpo do jovem em um terreno próximo à Braskem.
Segundo a promotora Karla Padilha, o que os policiais relataram foi configurado como uma nítida conduta de ocultação de cadáver.
“Percebe-se que os lugares percorridos pela viatura culminam no local onde o cadáver foi localizado, tornando contraditórios os depoimentos dos corréus. Como se não bastasse, ainda praticaram fraude processual, inovando artificiosamente o estado extrínseco da viatura utilizada por meio da lavagem e da devolução desta à locadora”, disse a promotora Karla Padilha.
A promotora pede a perda das funções públicas e suspensão dos direitos políticos, além do pagamento de multa civil e de danos morais coletivos. Aos delegados de polícia, ela requisitou que casos similares e quaisquer outros tipos de delitos considerados graves, praticados por agentes da Segurança Pública, sejam encaminhados à 62ª Promotoria de Justiça da Capital.
Fonte: G1 de Alagoas