Polícia

Justiça nega pedido de liberdade de empresário que atirou em garçom na Praia do Francês

A Justiça negou o pedido de liberdade do empresário Cícero Andrade de Souza, que atirou em um garçom na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, região metropolitana de Maceió. A decisão foi determinada na quarta-feira (24), pelo desembargador José Carlos Malta Marques, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL).

O desembargador alegou não ter segurança para conceder a liberdade em decisão liminar (provisória) e que era preciso manter a prisão até que houvesse a análise aprofundada do caso para, só então, haver o julgamento definitivo do pedido de habeas corpus.

“Considerando o contexto fático apresentado nos autos, bem como os documentos que instruem o presente remédio constitucional, entendo que não resta suficientemente demonstrada, num primeiro momento, a existência de evidente ilegalidade que justifique a concessão de medida liminar, antecipando, assim, a análise definitiva que deverá ser realizada pela Câmara Criminal desta Corte de Justiça”, diz trecho da decisão.

A defesa do empresário alegou que a prisão foi ilegal, pois Cícero se apresentou na polícia um dia após o ocorrido e que é réu primário, tem bons antecedentes, residência fixa e atividade laboral lícita. Mas o desembargador disse que esses argumentos não são suficientes para conceder a liberdade, levando em consideração que Cícero fugiu do local do crime com seu carro, atentando contra a vida de outras três pessoas em lugar movimentado e em plena luz do dia.

O crime aconteceu no último dia 19. O empresário se desentendeu com o funcionário, sacou a arma e fez disparos contra a vítima, que foi atingida no joelho. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento. Um dia após o crime, ele foi preso pela Polícia Civil.

O delegado Gustavo Xavier informou que o empresário estava assediando uma das garçonetes do estabelecimento onde estava. O garçom identificado como Antônio Samuel dos Santos, 34, foi questioná-lo e a discussão começou. Em depoimento, ele negou essa versão.

Fonte: G1 de Alagoas