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Operação Noteiras investiga mais de 130 empresas de Alagoas por sonegação de impostos

A Operação Noteiras, que prendeu 22 pessoas em Alagoas e São Paulo suspeitas de sonegação de impostos, investiga 132 empresas que podem estar envolvidas no esquema. Os detalhes da investigação foram divulgados pelo Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), em entrevista coletiva nesta quarta-feira (12).

As fraudes ocorriam por meio da emissão de cerca de 20 mil notas fiscais fraudulentas, que causaram prejuízo de R$ 435 milhões aos cofres públicos. Ao todo, 237 empresas são investigadas, sendo 89 em São Paulo e 16 em outros estados.

O coordenador do Gaesf, promotor Cyro Blatter, informou que os presos serão denunciados por diversos crimes. “Formação de organização criminosa, falsidade ideológica, falsidade de documentos públicos e lavagem de bens. No momento posterior, vai haver enquadramento nos crimes tributários também”.

Foram expedidos 77 mandados de prisão e também de busca e apreensão, todos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Foram 10 mandados de prisão para Alagoas e 14 para São Paulo.

Os nomes dos presos em Alagoas não foram divulgados. Em Sorocaba (SP) foi preso o secretário de Recursos Humanos da Prefeitura da cidade, Rodrigo Onofre, e também um casal suspeito de sonegar R$ 1 bilhão do Fisco paulista.

O MP também determinou o bloqueio de 265 contas-correntes de pessoas físicas e jurídicas, no valor total de R$ 435.132.254,09. Segundo os investigadores, esse é o valor estimado do prejuízo ao tesouro estadual de Alagoas e dos demais estados.

“Esta é uma investigação que já dura dois anos e foi planejada com muito cuidado porque envolve pessoas de outros estados. Inclusive, temos uma promotora de Justiça que está fora de Alagoas exatamente para acompanhar o cumprimento dos mandados de prisão na capital paulista”, informou o promotor Cyro Blatter.

O nome da operação faz referência ao nome recebido por empresas que emitem notas fiscais falsas. Essas notas são emitidas visando a geração de créditos fiscais ilícitos.

Fonte: G1 de Alagoas